Animais exóticos x silvestres: você sabe a diferença?

Tráfico e criação de animais selvagens em casa são proibidos e podem dar cadeia. Confira quais os animais permitidos por lei e que procedimentos são necessários para adquirí-los. 

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Atualmente, muitas pessoas têm escolhido bichos excêntricos em vez de pets como cães, gatos ou aves. Porém, ainda há muita confusão sobre as diferenças entre animais exóticos, silvestres e domésticos. No caso,
os exóticos tem autorização para serem criados em casa como os: ferrets, a lebre-européia, o esquilo da mongólia, a tartaruga-mordedora, a tartaruga-japonesa, a cacatua, a arara da patagônia, o sagui e o porquinho-da-Índia – de acordo com o número de registro correto do animal e a emissão de nota fiscal comprovando que tudo está dentro da lei.

 

Criação e cativeiro de animais silvestres

 os animais silvestres ou selvagens são encontrados em florestas, rios e oceanos brasileiros. Existem também os animais silvestres exóticos de outros países. Exemplo: o lobo-guará, a onça-pintada, o mico-leão-dourado, a piranha, o boto, o curió e a capivara são animais silvestres nativos. No entanto, o leão, o tigre, o elefante, o pavão e o canguru são exóticos.

Não é permitido manter em cativeiro animais silvestres. Somente zoológicos, entidades científicas e outras exceções, com a autorização do IBAMA ou de autoridade competente são permitidas a realizarem esse tipo de prática. É considerado tráfico de animais pessoas que retiram os bichos selvagens de seus ambientes naturais para vendê-los, o que acaba prejudicando o próprio animal e causando um desequilíbrio em ecossistemas naturais. De acordo com a “Lei de Crimes Ambientais”, quem tem ou vende um animal silvestre está sujeito a prisão de seis meses a um ano, além de multa.

O tráfico é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, atrás do tráfico de drogas e de armas. Segundo dados da ONG PEA (Projeto Esperança Animal), estima-se que ele movimente mundialmente cerca de US$ 10 bilhões por ano. No Brasil, 10% a 15% do comércio mundial, o equivalente a US$ 1 bi a 1,5 bilhão por ano, e cerca de 100 mil animais silvestres apreendidos anualmente, representam, infelizmente e somente uma pequena parcela do que é traficado.

 

Denuncie

Caso você encontre um animal silvestre perdido e/ou machucado, ligue para um zoológico, uma entidade de defesa e proteção animal, ou para a prefeitura de seu município e peça ajuda à Secretaria de Meio Ambiente ou ao departamento responsável pela Vigilância Sanitária. Além disso, não toque no animal, pois você pode, sem querer, machucá-lo. Deixe para um profissional realizar o trabalho de resgate e primeiros socorros.

Se você souber de alguém vendendo ou mantendo um animal silvestre preso e sem autorização, denuncie pelo órgão “Linha Verde”. O atendimento é 24 horas e o telefone de contato é: 0800-618080. Outra opção é a Rede Nacional de Controle de Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) – E-mail: renctas@renctas.org.br. Tenha em mente que comprar um animal por pena apenas servirá de incentivo para que os criminosos adquiram ainda mais novos animais para venda, incentivando ainda mais o tráfico.

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